Dança do Cantador
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Dança do Cantador
"Dança do Cantador"
Música: Nuno Ferreira
Letra: António Maria Eusébio/Nuno Ferreira
Tanto se ouvia cá do nosso Calafate
homem de sentido e arte
dono de boa afeição
ó cantador, dá-me décimas de amor
enche o céu e o mar de cor
é pra ti esta canção
Abre a dança a bailar
abre a dança ó tocador
que a gente vai a contar
a vida do cantador
Eu fui sempre um andarilho
Andei p'ra baixo e p'ra cima
ia p'ró campo à vindima
à descamisa do milho
andei sempre num sarilho
nesta vivença ruim
Ninguém tenha dó de mim.
Ao domingo ou dia santo
é que tinha por meu tanto
p'ra ir de tarde ao Bonfim
Ó Calafate!, ó Calafate!
Ó Calafate!, ó Calafate!
Não bastava a escravidão
em que eu agora me via
ainda esse mestre q'ria
que eu fizesse a obrigação.
nunca tive tal tenção
pois houve quem me avisasse.
p'ra que ele não se gabasse
preguei-lhe um calote cheio
deixei-lhe a vindima em meio
o diabo que a acabasse.
Ó Calafate!, ó Calafate!
Ó Calafate!, ó Calafate!
Tanto se ouvia cá do nosso Calafate
homem de sentido e arte
dono de boa afeição
ó cantador, dá-me décimas de amor
enche o céu e o mar de cor
é pra ti esta canção
Anda à roda ó Calafate
anda à roda ó Cantador
que aqui não há quem desate
esses versos de valor
Fiquei mal do meu partido
no ofício que escolhi
que quatro meses perdi
sem nada ter aprendido.
mas ser um rapaz perdido
isso era o que eu não queria.
pouco ou nada me aparecia
nem de baixo nem de cima
fui ao resto da vindima
por seis vinténs cada dia.
Ó Calafate!, ó Calafate!
Ó Calafate!, ó Calafate!
Havia de assim ficar
p'ra andar do tempo aos embates?
lembrei-me dos calafates
fui a um mestre falar.
esperava de encontrar
algum homem caridoso
mas eu era um desditoso
pra mim tudo era mau.
caí num mestre bau-bau
desmazelado e guloso.
Ó Calafate!, ó Calafate!
Ó Calafate!, ó Calafate!
Tanto se ouvia cá do nosso Calafate
homem de sentido e arte
dono de boa afeição
ó cantador, dá-me décimas de amor
enche o céu e o mar de cor
é pra ti esta canção
vamos só mais uma volta
vamos lá tudo a rodar
que António Maria solta
os versos que vão cantar
no buraco de S. Francisco
quatro caveiras haviam
e uma festa lhe faziam
os pescadores do marisco.
agora tem outro risco
em lugar do que existia.
fundou-se uma mercearia
e as quatro velhas caveiras
estão servindo de porteiras
p'ra chamarem freguesia.
Ó Calafate!, ó Calafate!
Ó Calafate!, ó Calafate!
a tenda tem duas portas
e o dono p'ra ganhar palmas
chama-lhe a tenda das almas
mas não é das almas-mortas.
as coisas velhas e tortas
cairam dentro de um saco.
as mulheres dão o cavaco
e dizem que é crueldade
ir passando a mocidade
sem ter festa no buraco.
Ó Calafate!, ó Calafate!
Ó Calafate!, ó Calafate!
Tanto se ouvia cá do nosso Calafate
homem de sentido e arte
dono de boa afeição
ó cantador, dá-me décimas de amor
enche o céu e o mar de cor
é pra ti esta canção
ó cantador, dá-me décimas de amor
enche o céu e o mar de cor
é pra ti esta canção
ó cantador, dá-me décimas de amor
enche o céu e o mar de cor
é pra ti esta canção
Música: Nuno Ferreira
Letra: António Maria Eusébio/Nuno Ferreira
Tanto se ouvia cá do nosso Calafate
homem de sentido e arte
dono de boa afeição
ó cantador, dá-me décimas de amor
enche o céu e o mar de cor
é pra ti esta canção
Abre a dança a bailar
abre a dança ó tocador
que a gente vai a contar
a vida do cantador
Eu fui sempre um andarilho
Andei p'ra baixo e p'ra cima
ia p'ró campo à vindima
à descamisa do milho
andei sempre num sarilho
nesta vivença ruim
Ninguém tenha dó de mim.
Ao domingo ou dia santo
é que tinha por meu tanto
p'ra ir de tarde ao Bonfim
Ó Calafate!, ó Calafate!
Ó Calafate!, ó Calafate!
Não bastava a escravidão
em que eu agora me via
ainda esse mestre q'ria
que eu fizesse a obrigação.
nunca tive tal tenção
pois houve quem me avisasse.
p'ra que ele não se gabasse
preguei-lhe um calote cheio
deixei-lhe a vindima em meio
o diabo que a acabasse.
Ó Calafate!, ó Calafate!
Ó Calafate!, ó Calafate!
Tanto se ouvia cá do nosso Calafate
homem de sentido e arte
dono de boa afeição
ó cantador, dá-me décimas de amor
enche o céu e o mar de cor
é pra ti esta canção
Anda à roda ó Calafate
anda à roda ó Cantador
que aqui não há quem desate
esses versos de valor
Fiquei mal do meu partido
no ofício que escolhi
que quatro meses perdi
sem nada ter aprendido.
mas ser um rapaz perdido
isso era o que eu não queria.
pouco ou nada me aparecia
nem de baixo nem de cima
fui ao resto da vindima
por seis vinténs cada dia.
Ó Calafate!, ó Calafate!
Ó Calafate!, ó Calafate!
Havia de assim ficar
p'ra andar do tempo aos embates?
lembrei-me dos calafates
fui a um mestre falar.
esperava de encontrar
algum homem caridoso
mas eu era um desditoso
pra mim tudo era mau.
caí num mestre bau-bau
desmazelado e guloso.
Ó Calafate!, ó Calafate!
Ó Calafate!, ó Calafate!
Tanto se ouvia cá do nosso Calafate
homem de sentido e arte
dono de boa afeição
ó cantador, dá-me décimas de amor
enche o céu e o mar de cor
é pra ti esta canção
vamos só mais uma volta
vamos lá tudo a rodar
que António Maria solta
os versos que vão cantar
no buraco de S. Francisco
quatro caveiras haviam
e uma festa lhe faziam
os pescadores do marisco.
agora tem outro risco
em lugar do que existia.
fundou-se uma mercearia
e as quatro velhas caveiras
estão servindo de porteiras
p'ra chamarem freguesia.
Ó Calafate!, ó Calafate!
Ó Calafate!, ó Calafate!
a tenda tem duas portas
e o dono p'ra ganhar palmas
chama-lhe a tenda das almas
mas não é das almas-mortas.
as coisas velhas e tortas
cairam dentro de um saco.
as mulheres dão o cavaco
e dizem que é crueldade
ir passando a mocidade
sem ter festa no buraco.
Ó Calafate!, ó Calafate!
Ó Calafate!, ó Calafate!
Tanto se ouvia cá do nosso Calafate
homem de sentido e arte
dono de boa afeição
ó cantador, dá-me décimas de amor
enche o céu e o mar de cor
é pra ti esta canção
ó cantador, dá-me décimas de amor
enche o céu e o mar de cor
é pra ti esta canção
ó cantador, dá-me décimas de amor
enche o céu e o mar de cor
é pra ti esta canção
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