Conversas - Capítulo 2

“não venhas tarde!”,
Dizes-me tu com carinho,
Sem nunca fazer alarde
Do que me pedes, baixinho


Porque anda por aí uma febre de natalidade - há-de haver em breve um Alcorraz pequenino com nome de rei e um sobrinho Alcorraz - é necessário, imperativo!, fazer uma ressalva, um obrigatório reconhecimento.
Estar nos Alcorrazes é um pouco como estar numa seita, ou, como evoca a canção acima transcrita, ter uma amante. Eu sei. Muito embora (fãs, enlouqueçam agora) não tenha namorada e/ou mulher (ó fãs, basta, chega para todas!), muito embora não tenha comprometimentos na vida, já os tive, sei o que é sacrificar tempo de qualidade em família em detrimento de loucuras impuberes como esta (ou não), e estar nos Alcorrazes é, reafirmo, a mesmíssima coisa que ter uma amante (no sentido livre da coisa, ou literal, com quiserem e consoante a sensibilidade do leitor )
Não são muitas as noites que nos reunimos (deviam, digo, ser mais!), mas de todas as vezes que o fazemos, seja para ensaiar, seja para gravar, seja pura e simplesmente para beber um copo (o sentido de grupo é algo que nunca é demais reforçar), de todas essas vezes, mesmo que estejam connosco, presentes, como gostamos que estejam (mas só às vezes ), elas, as mulheres que estão por detrás dos Alcorrazes, elas, os alicerces do nosso sucesso, são quase sempre as sacrificadas.
Paula, Dora, Fernanda, Justina, Cristina, Maria (epá, é a minha namorada, que raio hei-de fazer!...), a todas vós, em nome colectivo:
OBRIGADO!
Obrigado por estarem connosco.
Obrigado por serem fãs incondicionais. (dona Fernanda, não veio na primeira leva, mas não pense que me esqueci de si, a fã número 1!)
Obrigado por nos deixarem brincar à música.
Obrigado por permitirem em casa que cada um de nós possa estar de corpo e alma neste espírito colectivo que é Os Alcorrazes.
Obrigado por serem Os Alcorrazes.
Obrigado pelo que disse e ainda pelo que não me lembrei de dizer.
Obrigado.
Os Alcorrazes estão onde estão também por vossa culpa.

Dixit!
(a ver se esta me livra de lavar a loiça...)

Nuno Ferreira